NOVO ENFOQUE DO PROFETISMO
Após breve resumo sobre o tema anterior, “o que é profetismo?”.
Retomarei o tema proposto: Novo enfoque ao Profetismo
Vimos anteriormente que estes arautos de fé e estes Homens do espírito, estão de acordo nas mensagens que Deus transmite pela sua boca. Eles as “encarnam” ao mesmo tempo em que as formulam, e estas mensagens sucessivas, ao mesmo tempo dom de Deus e descoberta destes que Ele escolher; são aprofundamentos e orientações. Estas mensagens, que se devem ler com sua lentidão e seus repetições considerados concretamente na historia agitada de Israel, marcam a ascensão segura da verdadeira religião para o dever cristão.
É admirável pensar que os profetas foram as testemunhas e os artesãos deste catecumenato da humanidade, os guias autorizados desta marcha espiritual e que eles tenham revelado e comentado o designo de Deus na historia. Insiram-se num lugar de escol (elite), neste imenso sinal de credibilidade, que é o antigo testamento. Se há com eleito um prodígio que permanece inabalável, é como exprimia Blondel, “a pureza miraculosa da fé, obtida e preservada no único Senhor e Criador; a favor profético da esperança do Messias. Esses Homens foram os denunciadores do pecado. Eles talvez tenham sido tentados muitas vezes a descrever em cores sombrias seus contemporâneos. A postura é profeticamente obscura em Jeremias (cf.13,23) e Ezequiel. Mas é a partir daí que estes dois profetas são levados a descobrir entre a graça de Deus e a renovação moral do Homem, relações que seus precursores não tinham suspeitado: Javé, segundo Jeremias 24,7; 32, 39, dará um coração novo aos Israelitas (cf. Ez 36,26) Vê-se que em definitivo a acreditarem no triunfo da justiça e da moralidade nesse mundo, porque tal é o desígnio de Deus e porque Deus tem o poder de fazê-lo triunfar; e eles começaram a realizar termos hebraicos empregados para “projetos”.
É notável como o movimento vétero-testamentário (essa palavra se refere ao velho testamento e se forma do latim vetus, “velho, idoso”, mais testamentum; “ultimo desejo, testamento”, de testari, (“fazer desejo, testemunhar”) é caracterizado pela diversidade. Existe uma graduação de profetas (como se fosse uma matiz = é uma das três propriedades da cor que nos permite classificar e distinguir uma cor de outro através de termos como vermelho, verde e azul etc. Portanto os profetas são de muitas matizes. Em suma, existem três ramificações do profetismo.
Existem profetas do templo e da corte (Natã e Gude, que estavam na corte com Davi, (2 Samuel 12, 1-15; 1Reis 1-2) e Gud (1Samuel 22,5; 2Samuel 240. São Salomão parece constituir-se uma oposição profética que se manifesta em Aías de Silo, o anunciador do cismo de 931 (1Rs 11, 29-39), o Aías condena a cova de Jeroboão por suas iniciativas culturais (1Rs 14, 1-19). Símias impede Roboão (931- 913) de reconquistar o morte (1Rs 12, 21-24) ratifica (validação/confirmar) a separação e aconselha as relações fraternas entre os dois reinos (norte e do sul). Sob Joroboão vinda um profeta anônimo irá amaldiçoar o altar de Betes (1Rs 13, 11-32). No Reino da Morte, Jeú bem hanani anuncia o fim do usurpador Baasa (1Rs 16, 1-4, 7-13).
Existem profetas críticos, pré-literários, que se distanciaram da corte e do templo (Elias e Eliseu).
Existem profetas radicais, da profecia literária, que se destacam por revindicar o fim do rei e do Estado do Nacional (Amós, Isaías, Jeremias etc.) Em resumo, o profecia bíblica é um movimento diversificado.
Desejo-lhes um bom estudo. E no próximo mês abordarei os Títulos Proféticos – Deus vos abençoe: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!